A dimensão da tragédia na Indonésia, causada pelo terremoto de 7,7 graus de magnitude na escala Richter, o consequente tsunami e a erupção do vulcão Merapi, torna-se cada vez maior à medida em que as equipes de resgate intensificam os trabalhos. O número de vítimas do abalo sísmico e das ondas de até 3 metros de altura chegou ontem a 311, mais do dobro do balanço de terça-feira, que registrava 154 mortos. A maioria das mortes aconteceu nas Ilhas Mentawai, próximas à Sumatra. "Nós descobrimos 272 corpos. Pelo menos 411 pessoas foram dadas por desaparecidas", informou Ade Edward, chefe dos serviços de socorro da província de Sumatra Oeste. A quantidade de óbitos por causa do vulcão na ilha de Java, a principal do país, também aumentou ontem, de 16 para 30 vítimas. Nove mortes ocorreram em outras áreas de Sumatra.
O brasileiro Fábio Junqueira Karkow, 46 anos, foi um dos sobreviventes do desastre nas Ilhas Mentawai. O médico gaúcho estava há um mês no país, em uma viagem com surfistas de todo o mundo, e conseguiuse salvar porque correu para a parte alta do arquipélago. Em entrevista ao Correio Braziliense/Diario por telefone, a mãe de Fábio, Marisa Karkow, disse que ele e os amigos estavam em um resort quando sentiram o terremoto e, em seguida, ouviram um barulho muito alto. "Então, eles saíram correndo. Não conseguiram ver nada com detalhes, porque já era noite e estava escuro. Meu filho me falou: 'Corremos, corremos e por isso estamos vivos'", detalhou.
Fábio chegou ontem à ilha de Sumatra, em uma viagem de barco de cerca de 12 horas. Após um dia inteiro sem notícias do filho, Marisa recebeu, ontem de manhã, uma ligação dele avisando que estava bem, sem ferimentos. "Ele me pediu para mandar informações dos documentos dele, como o número de passaporte, e do roteiro de viagem, porque no tsunami ele perdeu tudo, ficou só com a roupa do corpo", explicou. O médico já pediu um novo passaporte para a embaixada brasileira em Jacarta, onde deve chegar hoje. A previsão é de que ele volte amanhã para o Brasil e desembarque emFlorianópolis, onde mora. O Itamaraty informou que o gaúcho é o único brasileiro de quem se tem notícia no território indonésio.
Segundo autoridades, não há turistas estrangeiros entre as vítimas. As operações de resgate ocorrem lentamente, porque as regiões afetadas são isoladas e de difícil acesso. O presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, voltou ontem do Vietnã - onde ia participar da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) - para supervisionar o socorro aos afetados pelos desastres.
Vulcão - Dois mil quilômetros a leste do local varrido pelo tsunami, no centro da ilha de Java, o governo mantinha o estado de alerta nas imediações do vulcão Merapi, que entrou em erupção 10 vezes na terça-feira. Segundo Banu Hermawan, porta-voz do Hospital Sardjito, na cidade de Yogyakarta (a 26km da montanha), as cinzas e a fumaça do vulcão já mataram 30 pessoas, entre elas um bebê de 3 meses e Mbah Marijan, 83 anos, "o guardião espiritual" do Merapi - cuja função era justamente "acalmar" a montanha.
O brasileiro Fábio Junqueira Karkow, 46 anos, foi um dos sobreviventes do desastre nas Ilhas Mentawai. O médico gaúcho estava há um mês no país, em uma viagem com surfistas de todo o mundo, e conseguiuse salvar porque correu para a parte alta do arquipélago. Em entrevista ao Correio Braziliense/Diario por telefone, a mãe de Fábio, Marisa Karkow, disse que ele e os amigos estavam em um resort quando sentiram o terremoto e, em seguida, ouviram um barulho muito alto. "Então, eles saíram correndo. Não conseguiram ver nada com detalhes, porque já era noite e estava escuro. Meu filho me falou: 'Corremos, corremos e por isso estamos vivos'", detalhou.
Fábio chegou ontem à ilha de Sumatra, em uma viagem de barco de cerca de 12 horas. Após um dia inteiro sem notícias do filho, Marisa recebeu, ontem de manhã, uma ligação dele avisando que estava bem, sem ferimentos. "Ele me pediu para mandar informações dos documentos dele, como o número de passaporte, e do roteiro de viagem, porque no tsunami ele perdeu tudo, ficou só com a roupa do corpo", explicou. O médico já pediu um novo passaporte para a embaixada brasileira em Jacarta, onde deve chegar hoje. A previsão é de que ele volte amanhã para o Brasil e desembarque emFlorianópolis, onde mora. O Itamaraty informou que o gaúcho é o único brasileiro de quem se tem notícia no território indonésio.
Segundo autoridades, não há turistas estrangeiros entre as vítimas. As operações de resgate ocorrem lentamente, porque as regiões afetadas são isoladas e de difícil acesso. O presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, voltou ontem do Vietnã - onde ia participar da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) - para supervisionar o socorro aos afetados pelos desastres.
Vulcão - Dois mil quilômetros a leste do local varrido pelo tsunami, no centro da ilha de Java, o governo mantinha o estado de alerta nas imediações do vulcão Merapi, que entrou em erupção 10 vezes na terça-feira. Segundo Banu Hermawan, porta-voz do Hospital Sardjito, na cidade de Yogyakarta (a 26km da montanha), as cinzas e a fumaça do vulcão já mataram 30 pessoas, entre elas um bebê de 3 meses e Mbah Marijan, 83 anos, "o guardião espiritual" do Merapi - cuja função era justamente "acalmar" a montanha.
